domingo, 5 de outubro de 2008

Dois tiros.

Praça

Os bancos, árvores

A multidão

Passos, postes

A solidão.

Vocês, cheiros, sinais

As luzes das lojas

São sempre iguais.

Mas você não esta

Aqui ao meu lado.

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À Côté

Linhas finas e velozes, feito os fios castanhos de seus cabelos..curtos.

Sinto que meus batimentos cardíacos vão a mim enquanto desvio o olhar do dela.. Ambos Tudo se limita a isso. Sorrisos amigáveis seguidos por longos períodos de silêncio.

Não temos tempos. Tempo? Cedíamos nossos pescoços a forca.

Os olhos voltam a me atingir. Seus enigmas castanhos, castos.

Sua realidade de carne, algo que alguém como eu não pode entender.

Talvez ninguém ali pudesse entender ao certo, mas sabíamos exatamente o teor de seu significado. Havíamos sido condenados pelo acaso.

A traição nunca me pareceu tão doce, tão leve... O acaso irreversível.

Muito rápido para se negar, e bonito demais para se pedir perdão

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