domingo, 5 de outubro de 2008

Ao Todo

Ao todo.

Eu que não sou somente eu.

A cada quilometro rodado me tornei o próprio quilometro.

Em tudo o que foi visto, a própria imagem.

Sou todos os sorrisos, as bocas e gritos; o sol em laranja sobre os montes, amarelo em cerras.

Todos os cheiros, e gostos; o silêncio e as festas em uma noite.

Tenho as mãos frias do sul, e o peito quente do norte.

Todos os suores e frescores; regras e transgressões, a rua calma de um domingo à tarde; o cheiro de óleo diesel num final de sexta.

Aperto de mãos e despedidas; beijos e mordidas.

As lagrimas marejando a felicidade e a tristeza.

Espaços e trincos; motores e redes; nomes.. amores

O amor, e o que sobra ao fim dele. Mas ainda a volta do amor, e todos os próximos.

Sou todos os quilômetros, mas não sou ninguém.

Sou todo o resto..

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