segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Peregrino

Caminho ao Oeste com estômago cheio
de mercúrio e césio 137,
a brisa se foi desde o
último ataque das engrenagens.
Quando o velho maquinário pesado
derruba paredes de velhas casas
os fantasmas particulares de outrora
fazem ninho em peitos descuidados.
Eu, por minha vez, caminho
tentando digerir metal
mas meu estômago é humano demais
para tal.

Um comentário:

Juliana Cominatto disse...

Todo um ar depressivo do peso de um cenário industrial contrastando com a sensibilidade humana.

;*