quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Museion

Turva o Sol no metal da lira
na curva do som,
em areia branca.
O antigo chamado não há,
a inspiração é enterrada,
os louros, queimados.
Hoje o canto é súplica
sem remetente ou história,
vai aos olhos e gestos
serve à fome, ao desejo,
a um festim de Komos
de um devoto só.
No avanço de teus pés,
Terpsícore
No teu sussurro,
Calíope
No teu ventre,
Erato.
Pois és nove
de um só nome.
É carne, suor,
e suspiro.

Um comentário:

Paulo Chagas Dalcheco disse...

Do caralho!!! Nada mais... Do caralho!!!