quarta-feira, 26 de agosto de 2009

A âncora.

Não há tempo
para a razão-animal,
para
o amor comedido,
a culpa assumida ou
a sentença aceita.
Não há tempo
para acender velas,
curar a peste,
explicar a guerra e
perdoar.
Pois somos, ao todo,
olhos e vontades
fome, sede e
cópula.
Pés
terra
pêlos.
e toda defesa
frente ao espelho
é exercício
de distração.

3 comentários:

Paulo Chagas Dalcheco disse...

não há tempo para distração, caro motoboy!

Juliana Cominatto disse...

Como assim não há tempo para acender velas? Que triste hehe

Brincadeira.
Muito bom, o texto.
Me deixou pensativa.

Anne Magalhães. disse...

Me senti ainda mais cética do que de costume. rs
Gostei dos seus textos!