terça-feira, 11 de janeiro de 2011

1:12

1:12 da manhã
o asfalto molhado é rasgado por pneus,
bêbados cantam alto, em irmandade,
enquanto a água se empoça em velhos boeiros.
A cidade pulsa morimbunda, em estado hipnótico.
No ninho, os suores expulsam os lençois,
o calor inflama a pele,
e eu não durmo,
vigio o sono da minha Vênus
para que no dia seguinte possa haver Sol.

Um comentário:

Juliana Cominatto disse...

Conheço essa cena.

Adorei o texto, amor, de verdade. =)

Te amo!
=*