Como se fosse eu o culpado
pelo rolar das pedras soltas.
Ao anoitecer, quando a fadiga é
um pouco maior e
mais aconchegante que o tédio,
me pus a vislumbrar o alto
e esperar pela âncora que
se cravaria aos pés do mundo
e estenderia a noite
ao fôlego dos pássaros.
Mas por demasiada pressa,
corrente insuficiente ou
solo frouxo, as estrelas ainda
caminharam.
Como se fosse eu o culpado
pelo rolar das pedras frouxas.
Um comentário:
"Se eu houvesse desmascarado mais cedo as armadilhas da prudência..."
Simone de Beauvoir
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