sábado, 9 de janeiro de 2010

Frutificai e multiplicai-vos.

A neblina cai sobre a grama
como orvalho, como suor,
o refresco do solo em dias
muito quentes.
Eu busco abrigo no teu corpo,
percorro da nuca à coxa e
descanso na sombra
do meu Édem vivo.
Me deito entre flores
onde a nudez abraça a criação
e cavo fundo, até o subcutâneo,
para plantar o pecado na terra vermelha,
colher o suspiro no verão,
e o desejo no inverno.
Me deito entre flores
e me alimento da água
e do sal
do jardim de sua pele.

2 comentários:

Paulo Chagas Dalcheco disse...

Se eu comentasse, seria um intrometido... Só digo que li...

Juliana Cominatto disse...

hahahaha ahn