terça-feira, 10 de novembro de 2009

Corpo de Julho

Mas se não fosse a espreita
quase sinestésica do lembrar
que me embala a dirigir
manhãs shakespeareanas de
elenco alheio.
Se não fossem seus pés
pequenos e marcados
que já antes marcaram
o torpor cotidiano
e ainda hoje
forçam a disritmia
quando voltam-se, novamente,
a mim.
Se não fosse o olhar
daquela pinta
a direção
de suas mãos
a impressão
por seus olhos
E se não fosse ela
seria eu
só frio e fome

4 comentários:

Juliana Cominatto disse...

Já li umas 15 vezes, e ainda lerei mais algumas.

Me deixou sem palavras, de verdade.
Adorei, simplesmente adorei!


Te amo, menino!
Muito!

Bruno de Abreu disse...

adorei sua escrita! me pareceu simples, mas bem contruída... muito bem construída, prazerosa.

Viciado Carioca disse...

Valeu pela visita, e agora preste mais atenção nas dicas dos seus amigos, eles tem bom gosto! :-)

Abraços!

Anônimo disse...

Muito Bom mesmo!