Segue o galope cego do tempo,
onde agarramos com unhas a crina
de seus ponteiros impassíveis.
A diversão displicente foi ao chão,
toda busca por tempo perdido rompeu-se
sob os cascos ritmados.
Há necessidade pela velocidade,
fé na impagável sorte do alheio.
Vão-se os lances de concreto,
as pontes partidas.
Marca a terra vermelha
ao peso do momento.
Mas a mão,
a unha,
entrelaça mais forte as rédeas,
cobra a corrida à espora
até ver ofegar o entardecer.
Força o pulo,
relincha em compasso.
A quinta-feira partiu antes, mas já desponta ao pé da noite.
Um comentário:
Corrida de cavalos ou sexo? É muito fácil confundir uma coisa com a outra... hehehhe
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