terça-feira, 25 de maio de 2010

Porto vago.

Como se fosse eu o culpado
pelo rolar das pedras soltas.

Ao anoitecer, quando a fadiga é
um pouco maior e
mais aconchegante que o tédio,
me pus a vislumbrar o alto
e esperar pela âncora que
se cravaria aos pés do mundo
e estenderia a noite
ao fôlego dos pássaros.
Mas por demasiada pressa,
corrente insuficiente ou
solo frouxo, as estrelas ainda
caminharam.

Como se fosse eu o culpado
pelo rolar das pedras frouxas.